Os resultados foram divulgados pela Federação das Indústrias do Rio Grande do Sul
As vendas externas da indústria gaúcha tiveram a maior elevação do ano em outubro e superaram a média mensal de 21%. Cresceram 38%, comparada ao mesmo mês em 2006, e chegaram a US$ 362 milhões de dólares. Os números foram divulgados pelo presidente da Federação das Indústrias do Rio Grande do Sul, Paulo Tigre. O resultado mostra um aumento nas vendas nos diversos gêneros da indústria, onde o crescimento apresenta-se generalizado entre os setores.
Os melhores resultados no mês passado foram nos seguintes segmentos: Refino de Petróleo (228%), Fumo (131%), Material de Transporte (137%), Máquinas e Equipamentos (69%), Material Eletrônico e de Comunicação (55%) e Alimentos e Bebidas (17%). "A recuperação poderia ser ainda maior caso outros setores tradicionalmente exportadores tivessem acompanhado a mesma performance", afirma o industrial, destacando que Couro e Calçados fecharam negativos em 4%.
Já no acumulado do ano (janeiro a outubro), comparado ao mesmo período de 2006, as vendas externas se elevaram em 22%, chegando a US$ 10,8 bilhões, e bem acima da média brasileira (15%). Os setores que mais cresceram foram Refino de Petróleo (207%), Máquinas e Equipamentos, (29%), Alimentos e Bebidas (24%), Produtos Químicos (24%) e Material de Transporte (23%). As únicas exceções são Couro e Calçados, que ficaram estagnados.
Com relação aos produtos com intensidade tecnológica, as exportações cresceram 20%. Os resultados positivos para cada tipo de tecnologia foram: média-alta (com destaque para tratores), 25%, média-baixa (óleo diesel), 48%, e baixa (óleo de soja), 13%. Somente os segmentos de alta tecnologia, especialmente microprocessadores, tiveram queda no período (-13%).
As importações do Rio Grande do Sul nos 10 primeiros meses de 2007 aumentaram 23%, atingindo US$ 8 bilhões. A taxa de crescimento é resultado do desempenho de outubro, que teve uma alta de 74% em relação ao mesmo mês do ano passado. Aumentaram as compras em todas as categorias de uso, em especial as matérias primas, bens intermediários, combustíveis, lubrificantes e bens de capital.
As perspectivas para o fechamento dos 12 meses são positivas, segundo o presidente da FIERGS. Paulo Tigre estima um crescimento de 26% nas exportações de 2007, somando US$ 14,8 bilhões (US$ 3 bilhões a mais em relação a 2006). Em reais, deve ser de apenas 9%, chegando a R$ 29,2 bilhões.
Exportação total de janeiro a outubro de 2007
1º - São Paulo − US$ 42,5 bilhões
2º - Minas Gerais − US$ 15,2 bilhões
3º - Rio Grande do Sul − US$ 12,5 bilhões
4º - Rio de Janeiro - US$ 11,5 bilhões