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FIERGS afirma que manutenção dos juros prejudica economia

Presidente considera decisão do Copom uma penalização para a sociedade

O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central manteve nesta quarta-feira (17) a taxa básica de juros da economia, a Selic, em 11,25%. Para a FIERGS, os números da conjuntura brasileira dão suporte para uma redução. O presidente da Federação das Indústrias do Rio Grande do Sul, Paulo Tigre, afirma que uma taxa de juros alta ataca os dois lados: a oferta e a demanda. "A diferença é que enquanto uma queda de 0,25 ponto percentual faz pouca diferença nos consumidores, para os que ofertam representa muito, pois indica que estamos caminhando para corrigir um dos muitos fatores que nos impede de concorrer em condições de igualdade com os demais produtores mundiais", argumenta o industrial.

Mesmo que uma redução de 0,25 p.p. não fosse muito expressiva, explica Paulo Tigre, aceleraria o ritmo da redução da diferença entre os juros praticados no Brasil e no exterior. "Hoje, o país possui a segunda maior taxa de juros real do mundo", lembra o presidente da FIERGS.

Paulo Tigre destacou que os elementos internos que favorecem a queda da Selic são, principalmente, a expectativa para 2007 de uma inflação de 3,91%, menor do que a meta de 4,5%, e o crescimento das importações (31% em setembro, comparada ao mesmo período de 2006), o que equilibra a relação entre oferta e demanda no mercado interno, diminuindo as pressões sobre os preços. "A melhora no cenário externo e a estabilidade recente das expectativas inflacionárias são elementos que sugerem a redução", completa Tigre.

A próxima reunião do Copom será nos dias 4 e 5 de dezembro de 2007.

Publicado quarta-feira, 17 de Outubro de 2007 - 0h00