Você está aqui

FIERGS apresenta realidade da indústria gaúcha

Presidente da entidade, Paulo Tigre, detalhou, em Brasília, as ações de aproximação do setor fabril do Estado com a sociedade

Juízes do Trabalho e representantes do Ministério Público Federal e da Procuradoria-Geral do Rio Grande do Sul tiveram a oportunidade de conhecer métodos e processos produtivos de empresas gaúchas, para compreender a realidade do setor e obter base informativa para amparar futuras decisões. O projeto Conhecendo a Indústria, iniciativa da Federação das Indústrias do Estado (FIERGS), foi apresentado − e aplaudido intensamente por mais de mil dirigentes e líderes sindicais − pelo presidente da entidade, Paulo Tigre, durante o painel Desafios dos Sindicatos e Melhores Práticas, no 2º Encontro Nacional da Indústria, que iniciou hoje (22), em Brasília. O case gaúcho foi escolhido como exemplo de iniciativas que aproximam a realidade da indústria com a sociedade.

Durante a apresentação, Paulo Tigre defendeu o papel das Federações na organização e no suporte aos sindicatos. Ele destacou que, como entidade máxima das indústrias no Estado, a FIERGS precisa ser um balcão de serviços, principalmente para as pequenas e médias empresas. "Os sindicatos sozinhos não conseguem cumprir por inteiro a sua missão. Por isso, mapeamos a realidade dos 108 sindicatos setoriais para saber em que e de que forma podemos ser úteis. Nossa ação trouxe resultados muito positivos para todos e a Federação ganhou mais respeito por sua atuação", afirmou.

O presidente da FIERGS disse que o debate sobre a compulsoriedade da contribuição sindical não se esgotou. Mas diante da aprovação do tema na Câmara dos Deputados, Tigre disse que o desafio das entidades patronais é aumentar o número de filiados e mostrar a eles a importância de trabalhar juntos. "A união nos dá força política para pleitear o que é melhor para o setor e para o Brasil".

Bancos Sociais são exemplos de responsabilidade social

As ações da Fundação Gaúcha dos Bancos Sociais, criada pelo Conselho de Cidadania da FIERGS, foram apresentadas hoje (22) para empresários e dirigentes de sindicatos de todo o país, durante o II Encontro Nacional da Indústria. A entidade disponibilizou para as federações de outros Estados a metodologia que mobiliza, organiza, transforma e distribui o excedente do setor fabril para as comunidades de baixa renda.

Com o objetivo de inserir com mais efetividade o empresariado na área de Responsabilidade Social, e também para oferecer aporte jurídico e facilitar a operacionalização das doações, a Federação das Indústrias do Rio Grande do Sul (FIERGS) desenvolveu e implementou 13 Bancos Sociais para combater a fome, a violência e a miséria. São eles: Banco de Dados, Alimentos, Medicamentos, Refeições Coletivas, Voluntários, Mobiliários, Projetos Comunitários, Vestuários, Resíduos, Materiais de Construção, Computadores, Tecido Humano e Órgãos e Transplantes. Cada um possui um presidente-empresário, com amplo conhecimento no setor relacionado à especificidade do Banco Social. "É a indústria atuando com responsabilidade social de forma eficiente, pois emprega a gestão empresarial", destaca o presidente da FIERGS, Paulo Tigre.

A Fundação Gaúcha dos Bancos Sociais também trabalha para disseminar no meio empresarial as leis de incentivo e renúncias fiscais que estimulam ações de responsabilidade social. Atualmente, são usados, em média, apenas 8% desse potencial. De acordo com a FIERGS, no Rio Grande do Sul, a cada ano R$ 120 milhões poderiam ser destinados para doações. Em São Paulo, esse valor chega a R$ 1 bilhão.

Publicado segunda-feira, 22 de Outubro de 2007 - 0h00