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FIERGS faz avaliação de medidas anticrise

Paulo Tigre afirma que desoneração fiscal tem apoio da indústria

As medidas de desoneração fiscal anunciadas pelo governo federal, nesta quinta-feira (11), de R$ 8,4 bilhões (R$ 1 bi de IPI, R$ 2,5 de IOF e R$ 4,9 de IR) estão em sintonia com os pontos defendidos pela FIERGS e pelo CIERGS como fundamentais para que possamos iniciar 2009 com uma atividade econômica mais ativa, disse o presidente da Federação das Indústrias do Rio Grande do Sul, Paulo Tigre. Apesar de considerar o valor muito baixo perto da arrecadação do governo este ano, o industrial acredita que é uma sinalização positiva.

"Este conjunto de medidas mostra que o Governo reconhece a via tributária como um meio eficaz de estimular a economia", afirmou. Agora, segundo Tigre, falta o convencimento das autoridades de que o corte de gastos públicos é fundamental para diminuir a carga tributária de maneira efetiva. Atualmente, as empresas e famílias brasileiras são obrigadas a pagar mais tributos do que seus concorrentes externos, além de não poderem usufruir os serviços públicos proporcionais a este custo tributário. Conforme os dados da FIERGS, a arrecadação federal de janeiro a outubro alcançou R$ 564,7 bilhões, ou seja, 10,33% de aumento sobre o mesmo período de 2007.

Paulo Tigre salientou também a importância da decisão de utilizar as reservas do País para o financiamento das empresas que estão tendo dificuldades na renovação das suas linhas de crédito com o exterior. "Essa é uma medida pontual que traz alívio aos exportadores", disse Tigre, salientando que juntamente com as medidas será importante monitorar para que elas cheguem aos seus destinatários, ou seja, "as decisões precisam se transformar em resultados práticos para as empresas".

O industrial ponderou igualmente que "o crédito no Brasil ainda é muito caro, com spread alto, o que eleva os custos finais aos tomadores de empréstimos".

Publicado quinta-feira, 11 de Dezembro de 2008 - 0h00