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Geração Distribuída de Energia tem amplo mercado a conquistar no Brasil

A Geração Distribuída (GD) de Energia representa apenas 0,19% do mercado de 84,5 milhões de consumidores no Brasil. Para debater esse tema em um setor com tendência à grande expansão no País e estímulo a novos projetos, a Federação das Indústrias do Estado do Rio Grande do Sul (FIERGS) realizou, nessa quarta-feira (20), o III Fórum de Geração Distribuída de Energia com Fontes Renováveis no Rio Grande do Sul. “A Geração Distribuída está em franco crescimento em todo o território brasileiro, predominantemente a geração solar fotovoltaica”, disse o diretor da FIERGS e coordenador do Grupo Temático de Energia do Conselho de Infraestrutura (Coinfra) da entidade, Edilson Deitos, na abertura do evento.

Geração Distribuída consiste em gerar a energia elétrica próxima ou no local de consumo, quando o consumidor a produz por meio de sistemas instalados em suas casas ou empresas. “Geração de energia é um assunto sobre o qual o Senai se debruça há muito tempo, está atento, pode e quer apoiar a indústria”, afirmou o diretor regional do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai-RS), Carlos Trein, reforçando que no Rio Grande do Sul a unidade responsável por trabalhos e projetos na área é o Instituto Senai de Tecnologia em Petróleo, Gás e Energia, localizado em Esteio.
 
 

Já o diretor do departamento de energia da Secretaria de Meio Ambiente, Eberson Silveira, destacou que o governo do Estado incentiva o desenvolvimento de projetos de energia renovável e que a Geração Distribuída está inserida entre esses temas de interesse.

Presidente da Associação Brasileira de Geração Distribuída, Carlos Evangelista salientou que a GD tem potencial para atingir 84 milhões de consumidores no Brasil. Ele informou ainda que, segundo estimativa do BNEF (Bloomberg New Energy Finance), até o ano de 2040, 32% da energia no mundo será de fonte solar fotovoltaica, e que 75% desta fonte solar terá origem em Geração Distribuída, cabendo apenas 35% à Geração Centralizada.

O diretor-superintendente do Sebrae-RS, André Godoy, ressaltou que o RS tem excelentes perspectivas no mercado de energia, mas que este não se restringe apenas a grandes empresas. Ele conclamou micro e pequenas fornecedoras de serviços e insumos para o setor, geradoras de energia de fontes renováveis, a se juntarem a esta cadeia cada vez mais consolidada no Rio Grande do Sul.

O Fórum contou ainda com painéis que abordaram o futuro do setor pela visão empresarial e políticas de regulação, distribuição e estímulos a novos projetos.

Publicado quarta-feira, 20 de Novembro de 2019 - 18h18