A tarifa da energia para as indústrias terá uma redução de 32%. O anúncio da presidenta Dilma Rousseff, nesta quarta-feira, foi recebido com otimismo pelo setor. "O valor da energia significa um importante custo para as empresas e a sua queda melhorará a competitividade dos produtos fabricados no País, que hoje sofrem forte concorrência com os importados no mercado nacional", avaliou o presidente da FIERGS, Heitor José Müller, destacando que o impacto da medida irá variar conforme o nível de uso do insumo por cada segmento industrial. Comércio, agricultura e serviços também serão beneficiados com a mesma medida. Já os consumidores residenciais receberão uma conta de luz 18% menor.
A diminuição no valor da eletricidade, que entrou em vigor nesta quinta-feira, superou os cortes estimados em setembro do ano passado, que eram de 16,2% para residências e 28% para empresas. "Com a redução de tarifas, o Brasil passa a viver uma situação especial no setor elétrico, ao mesmo tempo baixando o custo da energia e aumentando sua produção elétrica", disse a presidenta durante pronunciamento em rede nacional de rádio e televisão.
Também garantiu que o corte na conta de luz será aplicado em todas as regiões, mesmo nos Estados onde as concessionárias não aceitaram renovar suas concessões seguindo as regras impostas pelo Planalto. "Aproveito para esclarecer que os cidadãos atendidos pelas concessionárias que não aderiram ao nosso esforço terão ainda assim sua conta de luz reduzida como todos os brasileiros", afirmou.
Sobre a possibilidade de racionamento de energia por causa do baixo nível dos reservatórios das hidrelétricas, Dilma destacou que isso não irá ocorrer. Ela explicou que praticamente todos os anos as usinas térmicas, movidas a gás natural, óleo diesel, carvão ou biomassa, são acionadas com menor ou maior exigência para garantir o suprimento. Segundo a presidenta, o País irá dobrar em 15 anos a capacidade instalada de energia elétrica, que hoje é 121 mil megawatts. "O Brasil tem e terá energia mais que suficiente para o presente, para o futuro, sem nenhum risco de racionamento ou de qualquer tipo de estrangulamento no curto, no médio ou no longo prazo", salientou.