Um comparativo entre o reajuste no Piso Regional gaúcho e outras variáveis econômicas revela que, de 2001 a 2018, enquanto o Piso subiu 692,4,% no RS, o Salário Mínimo nacional aumentou 531,8%. No mesmo período, o Índice Geral de Preços do Mercado (IGP-M), que registra a inflação de preços, teve elevação de 261,3%, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), 211,9%; e o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), 203%. De acordo com a FIERGS, que defende a extinção do Piso Regional, os ganhos foram muito acima da inflação em qualquer base de comparação e estão muito descolados da realidade de um Estado em grave crise econômica.
Na indústria, salienta a FIERGS, a situação se mostrou ainda mais crítica: o PIB gaúcho do setor caiu 0,7% entre 2003 e 2016, também o segundo pior resultado do País, que cresceu 22,4%. Para a entidade, o Piso Regional representa uma interferência nas negociações coletivas de salários e o esvaziamento no papel do sindicalismo, e abrange categorias sindicalmente organizadas, que possuem piso salarial definido por negociação coletiva.