A Marinha do Brasil busca fornecedores nacionais para suprir as demandas de seus projetos estratégicos. Como forma de se aproximar das indústrias gaúchas, a instituição promoveu o 1º Encontro de Tecnologia, Obtenção e Nacionalização, na FIERGS, nesta quarta-feira, no qual apresentou suas principais necessidades, que incluem desde peças a itens maiores para a construção de navios, submarinos e corvetas, até a prestação de serviços de manutenção.
O coordenador do Comitê de Petróleo e Gás da FIERGS, Marcus Coester, ressaltou que "o alinhamento dos programas de emparelhamento das Forças Armadas com a produção do Rio Grande do Sul é uma importante estratégia para as indústrias do Estado, que vem se destacando no setor naval, de petróleo, gás e offshore".
O comandante do 5º Distrito Naval, vice-almirante Paulo Cezar de Quadros Küster, relatou alguns dos projetos desenvolvidos pela Marinha do Brasil e que precisarão de fornecedores nacionais. Entre eles, o Programa de Desenvolvimento de Submarinos (Prosub), o maior contrato militar internacional do Brasil, envolvendo uma soma de ¿ 6,7 bilhões. Uma parcela desses recursos faz parte de um financiamento que será pago pelo Brasil até 2029. "Quanto maior o desenvolvimento da base industrial, maior o poder de defesa de um País. Por isso, é importante essa aproximação entre a Marinha e as empresas industriais de todo o Brasil", afirmou Küster, ao lembrar que 95% das exportações brasileiras são feitas por via marítima.
Também foram realizadas palestras com os temas Sistema de Abastecimento da Marinha, Como vender para a Marinha do Brasil e os Desafios Logísticos no Rio Grande do Sul.