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Mercado de trabalho recebe 7,5 mil jovens qualificados

Os cursos gratuitos do Serviço de Aprendizagem Industrial (Senai-RS) formaram 7,5 mil jovens em 2009 para o mercado de trabalho. Os novos profissionais realizaram cursos de aprendizagem básica e de nível técnico, com duração média de dois anos, em diversas regiões do Estado. "Os conteúdos trabalhados têm um elevado grau de profundidade para deixar os estudantes aptos a atenderem às exigências e necessidades do setor produtivo", afirmou o diretor regional do Senai-RS, José Zortéa.

Em Porto Alegre, no Teatro do Sesi, aconteceu a maior de todas as cerimônias de formaturas do Senai-RS. Na última terça-feira, as unidades Senai Automotivo, Senai Visconde de Mauá e Senai Porto Alegre, da Capital e Senai Ney Damasceno Ferreira, de Gravataí, celebraram juntas a chegada de 324 novos profissionais ao mercado de trabalho.

Os formandos se habilitaram nas áreas de Técnico em Redes de Computadores, Técnico em Eletrônica, Técnico em Informática, Técnico em Eletroeletrônica, Técnico em Refrigeração e Climatização, Técnico em Automobilística, Técnico em Mecatrônica e Técnico em Mecânica. Um dos mais animados com a conquista era o ex-porteiro, guarda municipal e estagiário Róbson Andrei dos Santos. Aos 31 anos, ele concluiu o curso de Informática Industrial depois de apostar alto em largar a profissão antiga e apostar nos próprios estudos. "É necessário ter coragem. E hoje eu vejo que tenho uma bela carreira pela frente. Não podia ter tomado uma atitude mais acertada", disse.

Atitude foi o que precisou o recém-formado Evanir Ossoski, que além de vencer os dois anos de curso em Eletrônica, ainda teve como adversário a falta do braço esquerdo. "Não me atrapalha em nada, mas é perceptível o preconceito. Agora cabe a mim lutar para mostrar que tenho tanta capacidade quanto os meus outros colegas", comentou.

E por falar em quebra de preconceito, o que dizer da única menina da turma do curso técnico em redes de computadores, que além da singularidade, ainda foi eleita líder de turma. Paula dos Santos Machado leva mais esta lição para a vida, além de tudo o que aprendeu em sala de aula. "Foi uma experiência muito bacana e mostra que pode haver respeito sim, inclusive na nossa faixa etária, em que os comportamentos de garotos e garotas são tão diferentes. Nunca faltaram com respeito comigo", declarou.

Publicado quarta-feira, 23 de Dezembro de 2009 - 0h00