A missão empresarial prospectiva ao Cazaquistão, liderada pelo presidente da Federação das Indústrias do Estado do Rio Grande do Sul (FIERGS) e vice-presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Gilberto Porcello Petry, teve sua primeira agenda nessa terça-feira no país asiático. Foi um encontro no Ministério das Relações Exteriores, na capital Astana, com a participação do embaixador do Brasil, Rubem Antonio Correa Barbosa, e do vice-ministro das Relações Exteriores do Cazaquistão, Almas Aidarov. “Esta missão nasceu de um acerto que eu fiz com o embaixador do Cazaquistão no Brasil, Bolat Nussupov, para mostrar que o país dele tem possibilidades de negociar muito com o Brasil”, diz Petry. "O Cazaquistão tem uma economia bem estruturada, com muita reserva de petróleo, e pode entrar definitivamente no mapa de negócios do Rio Grande do Sul. Tivemos uma reunião bastante positiva".
A missão prospectiva e exploratória liderada pelo presidente da FIERGS contempla oportunidades para a indústria do Rio Grande do Sul na relação comercial com o Cazaquistão, país de 21 milhões de habitantes e com um PIB de US$ 197 bilhões (dados de 2021). Os principais setores a serem negociados são fertilizantes, biocombustíveis, cutelaria, máquinas e equipamentos, entre outros.
A corrente de comércio do Brasil com o Cazaquistão no ano passado totalizou US$ 190,3 milhões, com um saldo negativo de US$ 135,8 milhões para o Brasil. Já em relação ao Rio Grande do Sul, as vendas externas no mesmo período significaram U$ 3 milhões, com destaque para pulverizadores para agricultura e serras de corrente. As importações gaúchas, por sua vez, tiveram apenas um produto: naftas para petroquímica, com um total de US$ 967 mil. Assim, a corrente com o estado foi de US$ 4 milhões e o saldo positivo para o RS de US$ 2,1 milhões. O Cazaquistão é o maior produtor mundial de urânio, produto que o Brasil importa. Além disso, o fósforo e o potássio cazaques, utilizados em fertilizantes, também interessam ao Brasil.