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Para FIERGS, competitividade depende de infraestrutura

Heitor José Müller foi o palestrante da reunião-almoço da CIC Caxias do Sul

As obras importantes para melhorar a infraestrutura da Serra gaúcha e dinamizar a economia da região estão na pauta de prioridades da Federação das Indústrias do Rio Grande do Sul (FIERGS). A questão foi abordada pelo presidente da entidade, Heitor José Müller, nesta segunda-feira (31), na reunião-almoço da Câmara de Indústria Comércio e Serviços (CIC) de Caxias do Sul, que reuniu representantes de entidades sindicais, de associações empresariais, industriais e políticos. "A infraestrutura física, incluindo a oferta de energia, é um dos pontos que precisamos cuidar e valorizar tanto para a expansão das indústrias já estabelecidas no Estado, quanto pelo peso decisório na atração de novos empreendimentos", afirmou Müller.

O industrial destacou que a FIERGS atua junto aos governos estadual e federal e às bancadas gaúchas na Assembleia Legislativa e no Congresso para viabilizar as prioridades de logística do Rio Grande do Sul. Citou como exemplo o recente encaminhamento ao Plano Plurianual do Brasil de investimentos para a ligação da BR-448 com a RS-240 e a duplicação do trecho da BR-470, da parte serrana, e a extensão até a BR-240. "Além das obras já inclusas no PAC, foram registrados esses dois pleitos", informou Müller.

Outros empreendimentos igualmente fundamentais para desafogar a logística do Estado, segundo o dirigente, são a construção de novos aeroportos, um em Caxias do Sul e outro em Nova Santa Rita. "A competitividade das indústrias depende da infraestrutura. De nada adianta termos o melhor produto, o melhor processo, a mais alta qualidade, e o melhor preço, se não tivermos condições de chegar com eficiência e efetividade nos mercados consumidores. E isto depende da logística, de meios de transporte, custos compatíveis, eliminação de perdas", enumerou.

O presidente da FIERGS falou ainda sobre a movimentação que está ocorrendo na economia gaúcha, abrindo novas possibilidades para os empresários, tais como o Plano Brasil Maior, a queda da taxa de juros, a compensação cambial e as privatizações de aeroportos. Também salientou os investimentos previstos no Estado, entre eles os R$ 2,2 bilhões da Petrobras, até 2015; os R$ 508 milhões da Stihl, em três anos; a expansão da Celulose Riograndense com US$ 2,5 bilhões; e os R$ 100 milhões da ALL em ferrovias. "Há um elenco de oportunidades. Em todos esses temas, a FIERGS e o Centro das Indústrias trabalham com intensidade", salientou.

A agenda de desafios do empresariado, de acordo com Heitor José Müller, inclui temas como o monitoramento da crise internacional, uma saída para a crise cambial, continuação da tendência de queda de juros, simplificação tributária, o novo Fundopem, as relações do trabalho e o salário mínimo regional. "Todos os temas abordados serão tratados pela FIERGS e pelo CIERGS para atingir três objetivos no trabalho que vamos desenvolver ao longo desta gestão: ampliação de mercados para as indústrias estabelecidas no Rio Grande do Sul, promoção da competitividade das indústrias e o trabalho incessante pelas mudanças estruturais no ambiente econômico e social rio-grandense e brasileiro", garantiu.

Ao final da reunião-almoço, o presidente da FIERGS chamou ao palco os dois ganhadores da medalha de ouro do WorldSkills, o maior torneio de formação profissional do mundo, realizado no início de outubro, em Londres. Maicon Pasin e Christian Alessi, do Centro Tecnológico de Mecatrônica Senai, de Caxias do Sul, foram homenageados com a medalha A.J. Renner, criada pela entidade para enaltecer personalidades marcantes.

Publicado segunda-feira, 31 de Outubro de 2011 - 0h00