Grupo de empresas italianas buscam acordos no Rio Grande do Sul
Parcerias e acordos bilaterais foram saudados esta manhã na sede da Federação das Indústrias do Rio Grande do Sul (FIERGS) como uma alternativa para aliviar a crise econômica mundial que já alcança as empresas. "O Rio Grande do Sul e a Itália têm uma relação consolidada, o que facilita a projeção de um crescimento nos negócios, apesar do momento difícil", destacou o coordenador do Conselho de Relações Internacionais e Comércio Exterior da entidade, Cezar Müller, ao abrir o seminário da Missão Empresarial Itália − Brasil, promovido pelo Centro Internacional de Negócios da FIERGS, em parceria com o Instituto Italiano para o Comércio Exterior (ICE) e o Ministério do Desenvolvimento Econômico da Itália. "O Brasil tem um grande potencial de colaboração tecnológica e industrial", disse Mariaconcetta Giorgi, integrante da Diretoria Américas do Ministério Italiano. "Precisamos apenas concretizar o que ainda está em projetos", concluiu.
A missão italiana veio ao Brasil com 13 empresas das áreas de serviços, construção civil, energia e metal-mecânica, que participaram de rodada de negócios com 39 indústrias gaúchas. "O ICE acredita que com maior participação empresarial e com mais parcerias poderemos aliviar a crise", alegou o diretor geral do Instituto, Giovanni Sacchi.
O cônsul-geral da Itália em Porto Alegre, Francesco Bárbaro, ressaltou que há ainda espaço para aumentar o comércio entre Itália e o Rio Grande do Sul. Ele lembrou que a Holanda, hoje, tem uma parceria comercial com o RS maior que o seu país. "Esta rodada de negócios é uma oportunidade para novas idéias e novas perspectivas que poderão ampliar os horizontes de negócios entre os dois".
O secretário estadual do Desenvolvimento Econômico e de Assuntos Internacionais, Márcio Biolchi, lembrou da vocação exportadora do Rio Grande do Sul. "O comércio entre o Brasil e a Itália cresceu 21% de 2006 para 2007. Já a relação com o Estado aumentou 33%, e fechamos o ano passado em quase US$ 600 milhões", salientou Biolchi, lembrando que na pauta de exportação gaúcha para o país europeu mais de 50% são calçados, couros e soja. "Podemos ampliar bem mais esta relação e ultrapassar US$ 1 bilhão", sustentou. A Itália vende autopeças, máquinas e tecidos de poliuretano para o Estado, entre outros produtos.