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Ao participar, em Brasília, na Confederação Nacional da Indústria (CNI), do webinar Indústria em Debate: Infraestrutura & Retomada da Economia, nessa quinta-feira (3), o presidente da Federação das Indústrias do Estado do Rio Grande do Sul (FIERGS), Gilberto Porcello Petry, solicitou ao ministro da Infraestrutura, Tarcísio Gomes de Freitas, a conclusão da duplicação da BR-116, facilitando o acesso ao Porto de Rio Grande, e a ampliação da BR-448, em 17 quilômetros, até Portão. “O Ministério da Infraestrutura vem fazendo uma coisa muito importante, terminar as obras que já estavam iniciadas. É o caso, no Rio Grande do Sul, da BR-116, obra de 2012 e ainda não concluída”, reforçou o presidente da FIERGS. O ministro lembrou que já foram entregues pelo atual governo 92 quilômetros da BR-116 e prometeu a conclusão dos 211 quilômetros, entre Guaíba e Pelotas, até o final de 2021. O presidente da CNI, Robson Braga de Andrade, também participou do webinar, assim como o economista Cláudio Frischtak.

Crédito foto: Iano Andrade/CNI

Gilberto Porcello Petry afirmou que, no momento, é fundamental concluir os projetos em execução antes do início de novos, como é também o caso da ponte sobre o Guaíba, que deve ser entregue em dois meses, no início de novembro. “O Brasil hoje tem 212 milhões de habitantes, precisamos de mais casas, mais pontes, mais hospitais, mais empregos, e tudo isso vem sendo considerado pelo governo”, disse.

Robson Braga de Andrade defendeu a geração de empregos no País a partir da atração de novos investimentos privados, principalmente na área da infraestrutura. “Temos um déficit de infraestrutura de décadas”, ressaltou, sugerindo um investimento entre 4% e 5% do PIB brasileiro para o setor.

A opinião de Andrade foi reforçada pelo ministro Freitas, para quem o grande desafio do governo é o de aumentar a produtividade com redução da desigualdade, uma dificuldade adicional, segundo ele, no cenário de restrição fiscal que se impõe. Por isso, o objetivo é o da “transferência maciça de ativos para a iniciativa privada”, desonerando o Estado. “A linha liberal é a que impera dentro do governo”, observou.

Publicado quinta-feira, 3 de Setembro de 2020 - 16h16