O presidente da CNI, Robson Braga de Andrade, disse à presidenta Dilma
Rousseff que o fortalecimento do Programa de Apoio à Competitividade da
Indústria Brasileira é o momento de se apostar no futuro. "Os investimentos serão fundamentais para que o Senai amplie a sua participação nesse importante instrumento de democratização do ensino, de melhora da qualidade dos nossos profissionais e de incentivo ao
emprego e ao crescimento econômico. Os nossos olhos estão voltados para os desafios da economia do século 21", destacou Andrade. O presidente do BNDES, Luciano Coutinho, sublinhou que "o programa é
o início do processo de reação competitiva da indústria brasileira". De acordo com ele, "estamos nos preparando para dobrar o tamanho do Sistema Senai, de maneira a formar ou retreinar, nos próximos
dez anos, mais de 50 milhões de trabalhadores". O Programa de Apoio à Competitividade da Indústria Brasileira quer atingir 4 milhões de matrículas ao ano em 2014 na rede Senai, quase o dobro das 2,5 milhões
de matrículas registradas em 2011. Fazem também parte do programa a
compra de 81 unidades móveis e, até 2014, a construção de 53 centros de formação profissional. Os 38 Institutos Senai de Tecnologia (IST) oferecerão às empresas serviços técnicos e tecnológicos, como metrologia, ensaios e testes laboratoriais para atestar ou elevar a qualidade dos produtos brasileiros. Atualmente, o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial presta serviços técnicos e tecnológicos
para mais de 18 mil empresas por ano. Além disso, os Institutos de Tecnologia oferecerão educação profissional em todos
os níveis, inclusive cursos superiores.
INSTITUTOS DE INOVAÇÃO
Já os 23 Institutos Senai de Inovação (ISI), que atuarão em rede com os Institutos de Tecnologia, explicou o diretor de Educação e Tecnologia da CNI, Rafael Lucchesi, serão aliados das empresas no desenvolvimento integrado de produtos, processos, pesquisa aplicada, solução de problemas complexos e antecipação de tendências tecnológicas. Essas unidades também formarão profissionais para gerar conhecimento e desenvolver tecnologias que atendam às necessidades da indústria.
Como a inovação exige recursos humanos qualificados, os 53 Centros de
Formação Profissional terão como foco a educação profissional de nível técnico, os cursos customizados e a educação a distância. As 81 novas unidades móveis levarão cursos de qualificação de curta duração a regiões onde existe demanda por profissionais qualificados, mas não
há escolas fixas do Senai. Das 81 novas unidades móveis previstas,
50 devem começar a operar em 2012. Dessas, 12 serão da área de panificação, cinco de confecção, 10 de soldagem, 10 de construção civil, oito de automação e cinco de usinagem por comando numérico
computadorizado (CNC). Em 2013, serão compradas escolas móveis para oferecer formação em outras áreas tecnológicas.