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No Rio Grande do Sul, estão 90% das reservas nacionais de carvão. Para um melhor aproveitamento deste mineral abundante em solo gaúcho e a implantação de um complexo voltado ao seu uso para os segmentos de energia e carboquímico, a Federação das Indústrias do Rio Grande do Sul, o Sindicato Nacional da Indústria de Extração de Carvão (SNIEC) e o governo do Estado assinaram, nesta quarta-feira (14), na sede da FIERGS, um termo de cooperação técnica para o projeto do Complexo Integrado Carboquímico do Rio Grande do Sul. Participaram o presidente da FIERGS, Heitor José Müller; o secretário de Minas e Energia, Lucas Redecker; o secretário do Desenvolvimento Econômico, Ciência e Tecnologia, Fábio Branco; e o presidente do SNIEC, César  Weinschenck de Faria. “Precisamos dar importância ao projeto. Há o interesse de investidores, inclusive estrangeiros, na área do carvão mineral no Estado”, disse Müller.
 
Até fevereiro de 2017, a íntegra do estudo deve ser apresentada, dando oportunidade para que os empresários interessados na cadeia produtiva carboquímica iniciem as estratégias de negócios. “O Estado do Rio Grande do Sul tem de se posicionar a favor do carvão, estamos fazendo isso desde o início desse governo. Precisamos atrair interessados, para que tenham segurança de investir aqui”, comentou Redecker. “E a participação da FIERGS neste termo de cooperação traz credibilidade”.
 
O carvão mineral é responsável apenas por 3,5% da atual matriz energética do País. Mas as opções por sua utilização vão além das usinas termelétricas e da produção de energia. Pode ser usado também como alternativa na produção química em substituição a produtos advindos do petróleo. Esta aplicação é a mais sustentável para o uso do carvão, pois ao invés de gerar CO2, o carbono e o enxofre entram como matéria-prima para a produção de fertilizantes, gás natural, metanol, etc.
 
Informações técnicas previamente já verificadas em estudos do SNIEC indicam que os investimentos para a implantação do complexo industrial carboquímico podem chegar a US$ 5 bilhões, contemplando tanto a geração de energia quanto os componentes para atividades químicas. Outra perspectiva importante para a economia do Estado é que este complexo pode gerar mais de 2 mil empregos diretos na operação por mais de 30 anos.
 
Publicado quarta-feira, 14 de Dezembro de 2016 - 16h16