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Propriedade Industrial é tema de seminário para jornalistas

O superintendente do IEL, Carlos Cavalcante, explicou durante o seminário Inovação, Criatividade e Propriedade Industrial, promovido pelo Senai e IEL, na segunda-feira (22) no escritório da CNI em São Paulo, que a estabilização da economia nos últimos 15 anos deu uma base para as empresas se organizarem, preparando-se para crescer." As empresas puderam se planejar para obter mais competitividade tantos nos mercados interno quanto externo. Com este novo cenário as empresas estão mais voltadas a investir na inovação, para ter um diferencial no mercado. Em toda pauta empresarial, a inovação é tema presente. Neste sentido, a propriedade intelectual é decisiva para a inovação porque permite que as empresas invistam com mais segurança no desenvolvimento de produtos e processos", afirmou na abertura do evento. Durante o seminário também foi lançado o portal sobre propriedade intelectual do IEL

A gerente de Desenvolvimento Empresarial do IEL, Diana Jungmann, destaca que a propriedade intelectual protege o patrimônio das empresas. Segundo ela, conhecer e usar a legislação sobre o tema é importante na gestão dos negócios. "Atualmente, esses mecanismos são pouco utilizados pelas empresas brasileiras", diz. Exemplo disso é que 84,2% das patentes depositadas no INPI em 2006 eram de pessoas ou empresas estrangeiras. Outro dado da INPI, é que de 1999 a 2003, quem mais depositou patentes no Brasil foi a Unicamp (191). Além disso, entre os dez maiores depositários, estão três universidades. Nos Estados Unidos, as dez primeiras são todas empresas, sendo que a Samsung foi a maior depositária (6 mil patentes).

O presidente do Instituto Nacional de Propriedade Industrial (INPI), Jorge Ávila, destacou que a propriedade intelectual garante que as empresas se apropriem do resultado do investimento e do esforço de pesquisa, desenvolvimento e inovação que realizam. "A criação, quando se trata de uma atividade empresarial, tem custos. Ela é sempre pensada visando a uma estratégia de negócios da empresa, que envolve recursos financeiros e humanos. É evidente que esses recursos só vão ser alocados para essas atividades se elas trouxerem algum tipo de retorno no futuro. Garantir esse retorno é a missão do sistema de propriedade intelectual", disse. Ávila lembrou que o esforço da inovação permite que uma empresa atenda os consumidores de forma diferenciada. "Porém se todos puderem, imediatamente, copiar aquilo que a empresa desenvolveu, essa vantagem desaparece. O que o sistema de propriedade intelectual faz é permitir a exclusividade no uso daquela solução por certo período de tempo para permitir o retorno, em termos financeiros, do esforço empreendido na criação de uma solução inovadora", esclareceu.

O jornalista e compositor Fernando Brant destacou que o autor é o proprietário de sua obra. "A Lei Autoral Brasileira protege bem o autor, dez anos após sua promulgação", disse ele, destacando que o direito autoral é direito de propriedade. "

Já o conselheiro da Associação dos Produtores de Vinhos Finos do Vale dos Vinhedos (Aprovale), Aldemir Dadalt, falou do impacto econômico das indicações geográficas para a indústria brasileira. Segundo ele, as seis empresas que iniciaram a entidade em 1995 e que em 2002 obtiveram o registro. Eram dez pequenas vinícolas, e hoje são 31, produzindo de 10 a 12 milhões de garrafas de vinho por ano. "Em 2001, visitaram o local 45 mil pessoas. Em 2009, 182 mil. Além da melhora da qualidade do vinho e, da valorização da região, do aumento do turismo, houve crescimento tecnológico e da oferta de emprego", disse ele. Ainda este ano a Aprovale deverá receber o registro da denominação de origem. "É um esforço coletivo que gera um capital intelectual relevante com grande volume de benefícios", concluiu. Também participaram do evento o gerente de Informação Técnica e Propriedade Intelectual, Fernando Baratelli Junior, e a advoga

Publicado Terça-feira, 23 de Março de 2010 - 0h00