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Trabalhadores gaúchos aceitam negociar carga horária diária com o empregador

Uma pesquisa encomendada pela Federação das Indústrias do Rio Grande do Sul (FIERGS) junto ao Instituto Methodus, divulgada nesta quinta-feira (19), revela que 65% dos trabalhadores gaúchos aceitariam negociar a carga horária diária entre empregador e empregado para reduzir os dias trabalhados na semana. Esta é uma das propostas previstas na reforma do governo federal para criar condições de 5 milhões de empregos novos no País. Além disso, mais de 20% dos entrevistados são favoráveis à modernização das leis trabalhistas no Brasil e 55% aceitam alterações, dependendo das condições oferecidas. “Essas mudanças não significam perdas de direitos, mas permitirão equilíbrio, segurança e transparência entre as partes envolvidas e maior competitividade das empresas perante o mundo”, afirma o presidente da FIERGS, Heitor José Müller.
 
A apuração, com mil entrevistas, foi realizada nas regiões Metropolitana de Porto Alegre, Serra gaúcha e Vales do Sinos, Taquari e Paranhana, entre 29 de dezembro e 10 de janeiro. Já a viabilidade de o empregado trabalhar além da jornada diária para acumular horas de folga teve a adesão de 49,5% dos participantes da pesquisa. Outros 43,7% não concordam com a medida e 6,6% a aceitam em parte. “Precisamos rever algumas coisas porque estamos, em pleno século XXI, a era da indústria 4.0, com uma legislação de 1943, quando foi criada. O setor se readaptou e incorporou tecnologia. Ainda não nos adaptamos em nada para usufruir desta capacidade”, completa o presidente da FIERGS.
 
De acordo com o levantamento, 45,7% dos trabalhadores entendem que o desemprego seria diminuído caso os sindicatos e centrais sindicais apoiassem uma modernização das leis trabalhistas. Para 30,3%, o desemprego aumentaria caso isso ocorresse, e 24% não soube opinar.
 
Do total de entrevistados, 51,4% possuem Ensino Médio e 40,8% renda entre R$ 1.761,00 e R$ 4.400,00. Divididos por área de trabalho, 45,9% são do setor de serviços, 29,8% do comércio e 24,2% da indústria.
 
A amostragem foi calculada tomando-se como base um nível de confiança de 95% para uma margem de erro máxima estimada em até 3,1 pontos percentuais – para mais ou para menos – sobre os resultados obtidos no total da amostra.
 
Veja a pesquisa na íntegra clicando aqui.
 
Publicado quinta-feira, 19 de Janeiro de 2017 - 11h11