Você está aqui

Confiança dos industriais gaúchos fica estável em setembro

Depois de oito meses de queda, a confiança do industrial gaúcho ficou estável de agosto para setembro. O Índice de Confiança do Empresário Industrial (ICEI/RS), medido pela Federação das Indústrias do Rio Grande do Sul (FIERGS), passou de 52,1 pontos para 52,7 pontos. O resultado, no entanto, está abaixo da média nacional deste mês (56,4 pontos) e continua longe da média histórica no Estado (57,3 pontos). "A estabilidade do indicador ainda não é um resultado para ser comemorado, pois demonstra que o cenário econômico deteriorado segue praticamente inalterado, com a permanência do elevado grau de incerteza devido à crise mundial e seus desdobramentos sobre a economia brasileira. Também significa que o setor não espera uma melhora no curto prazo", avaliou o presidente da FIERGS, Heitor José Müller, nesta terça-feira (27).

O ICEI-RS parou de desacelerar por influência do Índice das Condições Atuais, que agrega a situação das empresas e da economia brasileira. A variável passou de 44,3 pontos, em agosto, para 46,5, em setembro. Mesmo com esse crescimento, o valor continua demonstrando condições piores por estar abaixo de 50 pontos. Para 34,7% dos empresários, o cenário econômico nacional apresentou uma piora. Somente 5,8% avaliaram o contrário, enquanto os demais disseram que permanece desfavorável. Da mesma forma, as condições das empresas seguem difíceis, com o indicador registrando 48,6 pontos.

Em relação ao Índice das Expectativas para os próximos seis meses, o otimismo em setembro manteve-se no mesmo nível de agosto (56 pontos). O menor valor desde julho de 2009. Dos entrevistados, 24,8% disseram estar otimistas, enquanto 18,4% esperam uma piora na situação e 56,7% acreditam que o atual cenário econômico restritivo continuará o mesmo.

Elaborado mensalmente pela FIERGS, o ICEI-RS varia numa escala de 0 a 100 pontos. Valores acima de 50 pontos significam otimismo e abaixo, pessimismo. O levantamento é baseado em questões referentes às condições atuais e às expectativas para os próximos seis meses com relação à própria empresa e à economia brasileira e do Estado.

Publicado Terça-feira, 27 de Setembro de 2011 - 0h00