Você está aqui

Em visita à Fimma – Feira Internacional de Máquinas, Matérias-Primas e Acessórios para a Indústria Moveleira, nesta quinta-feira (19), no Parque de Eventos de Bento Gonçalves, o presidente da FIERGS, Heitor José Müller, se reuniu com empresários da cadeia produtiva para debater assuntos envolvendo o setor. “Eventos como a Fimma nos deixam orgulhosos de ser gaúcho pela organização e grande possibilidade de geração de negócios”, elogiou Müller. Um dos temas tratados pelo industrial no encontro foi a situação financeira do Rio Grande do Sul divulgada pelo governador José Ivo Sartori nesta semana. “Hoje, a dívida acumulada do Estado com a União é de R$ 54,8 bilhões. Caso a receita se mantenha, o déficit nas contas para 2015 está projetado em R$ 5,4 bilhões e as fontes para financiá-lo estão esgotadas”, relatou Müller.  
 
Além de questões comuns a outros setores econômicos, como o Reintegra, a desoneração da folha de pagamento, a terceirização e o déficit de energia, um dos temas em pauta foi a Norma Regulamentadora 12 (NR-12), referente à segurança no trabalho no uso de máquinas e equipamentos. De acordo com dados da Confederação Nacional da Indústria (CNI), estima-se um custo de R$ 100 bilhões para as empresas se adequarem à norma, caso seja mantido o texto original. O objetivo é que haja um equilíbrio entre a finalidade e as obrigações impostas − a segurança e a saúde do trabalhador e os impactos sociais e econômicos. 
 
Durante o encontro, o presidente da Associação das Indústrias de Móveis do Estado do Rio Grande do Sul (Movergs), Ivo Cansan, ressaltou a importância da parceria com o Senai-RS na qualificação profissional e em trabalhos durante a Fimma, como o Projeto Marceneiro, que incentiva o desenvolvimento das micro e pequenas empresas do ramo. Ainda oferece atividades direcionadas e a proximidade com novidades em máquinas, matérias-primas, acessórios para móveis e aproxima os profissionais das fontes geradoras de conhecimento do setor. Já o presidente da Fimma 2015, Volmir Dias, informou que são mais de 600 marcas presentes nesta edição, 15% a mais do que no ano anterior, com a visita de representantes de 35 países e dos 27 Estados brasileiros. “Esperamos colher bons frutos de toda essa movimentação”, projetou. 
 
Segundo dados apresentados na abertura oficial da feira, o setor moveleiro no Estado reúne 2,5 mil empresas, gera 45 mil empregos diretos e representa 30% das exportações brasileiras. A estimativa de negócios na Fimma, que encerra nesta sexta-feira, é de US$ 300 milhões. 

 

Foto: Dudu Leal 

Publicado quarta-feira, 18 de Março de 2015 - 14h14