Você está aqui

Dilma assume compromisso de resolver entraves das exportações

O vice-presidente da Confederação Nacional da Industrial (CNI) e presidente da Federação das Indústrias do Rio Grande do Sul (FIERGS), Paulo Tigre, um dos nove entrevistadores, abordou a preocupação do setor produtivo com a área de comércio exterior. Lembrou que o Brasil está em 20º lugar entre as nações exportadoras e, considerando apenas os produtos manufaturados, fica na 28ª posição. Citou como principais problemas, o câmbio, os créditos tributários acumulados pelos exportadores, a forte participação das commodities na pauta externa e a falta de agilidade nas operações internacionais, tanto pela burocracia quanto pelo número de órgãos e ministérios que interferem no setor. "Eu acredito que se não tivermos uma capacidade exportadora, não teremos condições de proteger o País das importações predatórias", argumentou o industrial ao questionar a candidata à presidência da República, Dilma Rousseff, sobre a competitividade do Brasil na área de comércio exterior.

A ex-ministra Dilma Rousseff respondeu que assume o compromisso de elevar a competitividade do Brasil no mercado externo. "Produtividade com inovação e racionalização da atividade governamental na área exportadora são elementos que têm o meu compromisso pessoal de solução", afirmou. Dilma destacou ainda que uma das coisas mais importantes a serem feitas é a convergência macroeconômica do decréscimo da dívida pública com o aumento do Produto Interno Bruto (PIB) e a diminuição da taxa de juros. "Ninguém vai negar que tem uma correlação entre juros e câmbio, mas é também importante a incorporação de tecnologia e racionalização dos procedimentos aduaneiros, incluindo a informatização", salientou.

De acordo com Dilma , é fundamental uma política industrial de estímulo às vendas externas de produtos manufaturados. "Significa que tudo o que pode ser produzido no País, deve ser produzido no País. Isso não é uma política de substituição de importações. Porque defendemos que mantendo preço, prazo e qualidade vamos ser competitivos internacionalmente. Uma política industrial tem dois lados. Um deles é o suprimento do mercado interno e outro que é a busca da competitividade no mercado internacional".

Publicado Terça-feira, 25 de Maio de 2010 - 0h00