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FIERGS avalia desempenho do PIB

Para a entidade, é preciso reduzir custos de produção

A Federação das Indústrias do Rio Grande do Sul (FIERGS) defende que o Brasil deve aproveitar o momento econômico favorável ao crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) para reduzir custos de produção, modernizar as empresas e fazer as reformas Tributária e Trabalhista. "Precisamos de custos menores e de um País mais moderno", afirma o presidente da entidade, Paulo Tigre, ao avaliar o desempenho do PIB brasileiro do primeiro trimestre, divulgado ontem (13) pelo IBGE, que teve crescimento de 4,3% no primeiro trimestre ante o mesmo período de 2006.

Segundo o industrial, pela primeira vez nos últimos anos verifica-se um crescimento menos desigual entre a expansão da oferta e da demanda. Entretanto, o mercado interno continua ditando o ritmo de aceleração da economia. Nesse sentido, as importações têm sido fator fundamental para aliviar pressões inflacionárias. "Para ter fôlego longo, no entanto, o ciclo de desenvolvimento precisa ser acompanhado de redução do chamado custo Brasil", afirma Paulo Tigre, compartilhando da expectativa do ministro da Fazenda, Guido Mantega, de que o PIB do ano crescerá 4,5%. Tigre alerta que, apesar dos números positivos, em termos de atividade produtiva, os impostos sobre os produtos aumentaram 6,9% no trimestre, revelando a crescente tributação no País.

O setor industrial já pensa em investir e deve responder de forma positiva em 2007, disse Tigre, lembrando que no ano passado alguns segmentos ainda sofreram as conseqüências da estiagem e da queda de renda no setor rural na Região Sul. No caso da indústria gaúcha há setores críticos que necessitam de medidas mais eficazes, como o calçadista e moveleiro.

De positivo, destaca as indústrias que estão utilizando o dólar baixo para modernizar seus parques produtivos, com a aquisição de máquinas e equipamentos. Esse ritmo acelerado dos investimentos sinaliza que as empresas brasileiras estão apostando na expansão da sua capacidade produtiva. Isso é fundamental tanto para assimilação de tecnologia e redução de custos de produção, como para diminuir as pressões inflacionárias futuras.

Publicado quinta-feira, 14 de Junho de 2007 - 0h00