Na sequência, os homenageados se reuniram em um jantar de confraternização, que contou com a presença do presidente da FIERGS, Gilberto Porcello Petry. “Planejávamos a comemoração há cerca de 2 anos, mas veio a pandemia. A expectativa era fazer um evento maior, presencial. Ficamos muito satisfeitos com a homenagem da Assembleia, mas não fechamos as portas para outra comemoração. No ano que vem, quem sabe”, projeta Rafael Ribeiro.
Crédito das fotos: Dudu Leal
Confira a entrevista concedida pelo presidente do Sindividros-RS, Rafael Ribeiro, ao Blog da Unisind:
Qual a representatividade do setor para o RS?
No início dos anos 40, tínhamos no Estado algumas empresas que já trabalhavam com vidro, em um modelo bem arcaico. O segmento foi se desenvolvendo e, hoje, o vidro como matéria-prima, como produto base, é fabricado por poucos grupos multinacionais no mundo. Também por isso é um segmento bem desenvolvido, por que são indústrias de alta capacidade de investimento. No Brasil, temos quatro grupos fabricantes de matéria- prima – um nacional e 3 multinacionais. Já as empresas de transformação, setor no qual se enquadram as indústrias do nosso Estado, são as que transformam matéria-prima no produto final: vidro de segurança, temperado, laminado, uso residencial, automotivo, entre outros. O produto foi se desenvolvendo e a transformação ao mesmo tempo.
Por volta dos anos 90, com a abertura do mercado brasileiro para importação, empresas locais começaram a se equipar e efetivamente industrializar de uma forma mais desenvolvida o produto. Antigamente, só em São Paulo se conseguia vidro de segurança, por exemplo. No RS, se aguardava 90 dias para chegar o produto. Hoje, as possibilidades são enormes. Com o passar desses anos, as indústrias de transformação chegaram num nível tecnológico equiparado às melhores indústrias europeias.
Qual o principal foco atual do Sindividros-RS nessa gestão?
Primeiro, sempre atuar na defesa dos interesses da categoria, mantendo aquela observância em nível de concorrência de outras regiões – questões mais estratégicas e fiscais, vamos dizer assim. Em segundo lugar, o desenvolvimento da cadeia com relação a treinamentos. Muitas das indústrias do Estado que atuam na construção civil comercializam o seu produto para vidraçarias, ou seja, o comércio. Então, elas não fazem parte do escopo do nosso sindicato. Mesmo assim, prestamos um serviço de treinamento para essas vidraçarias. É uma forma de elas estarem capacitadas a consumir os produtos fabricados pelas nossas indústrias. Geramos informação e treinamento para potenciais clientes que consomem o nosso produto. Outro ponto envolve o meio ambiente, atuamos no desenvolvimento dos nossos associados nesse sentido.
Dentro desse braço de qualificação está o Programa Qualividros?
Sim, é um programa amplo. Atuamos na qualificação em quatro focos.
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Acadêmico: procuramos fazer um trabalho junto às escolas de formação de engenharia, arquitetura, design e áreas relacionadas.
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Especificador: apresentar o potencial e as novidades da indústria para os profissionais de engenharia e arquitetura.
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Vidraceiro: qualificação de instaladores, apresentando materiais, novidades e técnicas, eles atendem o consumidor final.
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Indústria: foca em estar por dentro das novidaes das usinas, interagindo com especificadores e vidraceiros.
Também atuamos fortemente na qualificação das indústrias associadas, por meio de treinamentos para as equipes próprias das empresas.
Uma mensagem para os associados e representantes do setor:
A mensagem que eu deixo, incluindo e aproveitando esse reconhecimento da Assembleia, é de motivação. Precisamos continuar desenvolvendo o sindicato e apostando no mercado do Rio Grande do Sul. Também é de chamamento para os integrantes do setor continuarem presentes, em nível de diretoria e associados, participando e apoiando o Sindicato, porque apenas unida nossa categoria se tornará cada vez mais forte.
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