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Abinee quer diminuir o déficit comercial do setor

"O Brasil pode dobrar sua produção na área elétrica e eletrônica e mesmo assim estará abaixo do índice de participação do setor na economia nacional, em comparação a países desenvolvidos. Temos muito espaço para crescer", disse o presidente da Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica (Abinee), Humberto Barbato, em uma reunião-almoço, nesta terça-feira, em Porto Alegre. O evento, organizado pelo escritório regional da entidade, teve a participação de empresários do setor, políticos e representantes de instituições públicas e privadas.

E, para que consiga reverter o déficit de US$ 22 bilhões na balança comercial do segmento, Barbato projeta a ação conjunta dos setores governamentais e industriais. "Nós carecemos de políticas de desenvolvimento e principalmente que os projetos saiam do papel", completou. O presidente da FIERGS, Paulo Tigre, participou da reunião e elogiou a criação do Arranjo Produtivo Local de Automação e Controle, criado com empresas do eixo Porto Alegre-Caxias do Sul e também valorizou a concretização do Ceitec, um diferencial competitivo do setor no Estado. "As micro e pequenas empresas precisam deste tipo de iniciativa. Elas são puxadas pela cadeia produtiva e passam a se desenvolver com mais agilidade. Ao trabalharmos juntos, os resultados aparecem. O próprio Ceitec é uma mostra disto", comentou.

Durante o encontro, o diretor regional da Abinee, Luiz Francisco Gerbase, apresentou dados a respeito do setor no Rio Grande do Sul e também sobre o Arranjo Produtivo Local que envolve a Região Metropolitana e a Serra gaúcha. Em termos estaduais, são 114 empresas que atuam em 10 segmentos da eletroeletrônica, sendo que 75% delas estão entre Porto Alegre e Novo Hamburgo. "A área de automação industrial, por exemplo, é onde atuam 36% das empresas. Isto só reforça o trabalho que estamos fazendo na região para fortalecer o segmento, com o primeiro APL do setor", comentou.

Publicado Terça-feira, 7 de Abril de 2009 - 0h00