O arrefecimento da economia e do consumo interno é uma das causas apontadas pelo advogado, contador e professor da PUC/RS, Mariano Manente, e pelo atual presidente da Fundação Centro de Estudos do Comércio Exterior (Funcex), José Rubens de la Rosa, para a internacionalização das empresas como estratégia de negócios. Os dois estiveram no Workshop Internacionalização: os Desafios e Estratégias para Expansão Global, nesta terça-feira (7), realizado pela Federação das Indústrias do Rio Grande do Sul, por meio do Conselho de Relações Internacionais e Comércio Exterior (Concex).
No evento mediado pelo coordenador do Concex, Cezar Müller, os especialistas apresentaram os desafios para a expansão global das indústrias. La Rosa reforça que a globalização nos afeta de uma maneira ou de outra e que as empresas devem ponderar por uma atitude mais ativa, fazendo seu produto ir para novos mercados e aprendendo com eles. “Muitas daquelas empresas que ficaram só no Brasil, há exemplos no setor automotivo, estão faturando 40% menos do que dois, três anos atrás. A variação da moeda norte-americana, outro exemplo, afeta diretamente os negócios em nosso país, afetando os custos dos insumos”, compara.
Manente complementa que a internacionalização é latente para a expansão das empresas, mas que não existe receita de bolo para isso. Entretanto, ele justifica essa decisão considerando as situações de competições e de índices de crescimento de mercado, custos mais atrativos, mercado doméstico em situações de sazonalidade, retração, saturação e sucesso, entre outros.
Crédito foto: Dudu Leal