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Exportações gaúchas crescem em 2007

Mudou tendência de perdas em Real

O ano de 2007 se encerra com uma mudança para as exportações gaúchas. O acumulado de janeiro a dezembro, quando convertido em Real, cresceu 13% (R$ 3,4 bilhões), se comparado aos 12 meses de 2006.

O Estado exportou um total de US$ 15 bilhões, com crescimento de 27%, superior à média nacional, que atingiu 16,6%.

"A boa notícia é que os ganhos de produtividade e preços de commodities compensaram a valorização do câmbio em 2007. A economia está fazendo seu papel, no campo e nas fábricas. O resultado disso é mais emprego e renda para os gaúchos. Agora, esperamos que as autoridades façam a sua parte visando aproveitar a oportunidade e consolidar essa tendência positiva, estimulando o segmento exportador para que não retorne o cenário de perdas que vinha acontecendo", assinalou Tigre.

Em termos setoriais, a recuperação das vendas industriais no ano passado foi positiva, subindo 8% em reais (R$ 1,9 bilhão) e 21% em dólares (US$ 2,3 bilhões). "As indústrias buscaram se adaptar à nova condição do câmbio, tornando seus processos de produção mais eficientes. Entretanto, o ano de 2007 serviu para o setor industrial exportador recuperar partes das perdas de 2006", comentou Tigre. A indústria foi responsável pela exportação de US$ 13 bilhões, o equivalente a R$ 25,3 bilhões, cerca de 87% do total.

Os produtos primários, por sua vez, aumentaram 91% em reais (R$ 1,6 bilhão), derivados da boa safra e dos preços em alta das commodities agrícolas. Em dólares, a alta chegou a 118% (US$ 966 milhões).

O Rio Grande do Sul terminou como o terceiro maior exportador do ano, com um total de participação de 9,3% no país, atrás de São Paulo (32% ou US$ 51,7 bilhões) e Minas Gerais (11% ou US$ 18,4 bilhões). Em quarto lugar está o Rio de Janeiro, com 8,9% (US$ 14,31 bilhões).

Os países que mais incrementaram as compras do RS foram China (93% ou US$ 711 milhões), Argentina (35% ou US$ 380 milhões) e Holanda (57% ou US$ 171 milhões). Os Estados Unidos seguem os maiores compradores dos produtos gaúchos, mas não aumentaram sua participação em 2007 (12%).

Quanto à indústria, os setores mais destacados foram Alimentos e Bebidas (25% a mais no ano em relação a 2006, o que representa um acréscimo de US$ 652 milhões, com destaque para o óleo de soja), Fumo (34% ou US$ 425 milhões), Máquinas e Equipamentos (34% ou US$ 335 milhões, especialmente tratores), Refino de Petróleo (120% ou US$ 304 milhões, puxado pelo óleo diesel) e Química (19% ou US$ 271 milhões, com destaque para polietileno). Em reais, todos esses setores também apresentaram ganhos em 2007. Com relação aos produtos de intensidade tecnológica, os embarques de janeiro a dezembro subiram 19%. Média-alta tecnologia, 25%; média-baixa, 36%; e baixa, 14%. Apenas a alta tecnologia teve perdas, com -16%.

As importações totalizaram US$ 10,2 bilhões, o que representou um aumento de 28% em 2007 em relação a 2006. Nas categorias de uso, o maior crescimento verificado foi em bens de consumo duráveis, com expansão de 138%. Entretanto, essa categoria apresenta uma participação muito pequena nas importações totais, aproximadamente 8%, o dobro da sua participação em 2006.

Como as exportações cresceram mais, em valor, do que as importações, o saldo comercial aumentou, totalizando US$ 4,8 bilhões, um incremento de 26% em relação ao ano anterior. Isso elevou a participação gaúcha no saldo comercial do país para 12% do total. Em 2006, esse número foi de 8,29%.

Publicado quinta-feira, 17 de Janeiro de 2008 - 0h00