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FIERGS alerta deputados sobre os riscos do salário gaúcho

A Federação das Indústrias do Rio Grande do Sul (FIERGS) enviou posicionamento aos deputados estaduais alertando para a responsabilidade do voto de cada parlamentar ao apreciar o projeto do piso salarial regional, enviado pelo Executivo à Assembleia Legislativa e que prevê o reajuste de Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) sobre as bases vigentes. "A questão que ponderamos aos deputados é o dilema de preservar os empregos para os gaúchos ou de aumentar o piso gaúcho correndo o risco de demissões e de perda de competição dos produtos aqui fabricados", disse o coordenador do Conselho de Relações do Trabalho e Previdência Social (Contrab) da FIERGS, César Rangel Codorniz.

O industrial alerta que o impacto do salário gaúcho, mesmo mantido o índice de aumento de 5,92% correspondente ao INPC, eleva os custos da economia diante de outros Estados que não têm o piso regional. Assim, segundo Codorniz, mais produtos vão entrar no mercado local vindos de fora, afetando negativamente todas as atividades, com repercussão no nível de emprego do Rio Grande do Sul. "Ou seja, vamos criar empregos em outros Estados onde não há esse piso regional superior ao salário mínimo nacional", afirmou o coordenador do Contrab.

A crise internacional, lembrou Codorniz, já vem afetando de forma significativa a atividade econômica gaúcha e poderá ser agravada com um novo piso salarial. O desempenho industrial, por exemplo, caiu 14,2% no primeiro trimestre deste ano, influenciado principalmente pelo faturamento, que recuou 16,4%. De acordo com o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério do Trabalho e Emprego, a indústria do Rio Grande do Sul já fechou 26,1 mil postos de trabalho de outubro de 2008 a março último.

Publicado quinta-feira, 14 de Maio de 2009 - 0h00