A Federação das Indústrias do Rio Grande do Sul (FIERGS) lamenta que a tramitação da proposta da Reforma da Previdência, que altera as regras para aposentadorias em todo o País, tenha sido suspensa. “A FIERGS, no entanto, não abandonará esse tema, que é um gargalo das contas públicas. E não haverá desenvolvimento econômico e social sem que as finanças estejam equilibradas”, diz o presidente da entidade, Gilberto Porcello Petry.
Petry expõe alguns motivos que levam a Federação das Indústrias do Rio Grande do Sul a apoiar a proposta. Primeiramente, unifica o Sistema Previdenciário para os trabalhadores urbanos e servidores públicos, eliminando as disparidades existentes entre os dois regimes. Salienta que a reforma estabelece uma regra de transição que evitará que os trabalhadores na ativa sejam prejudicados. Para aqueles que já cumpriram os requisitos para a aposentadoria e continuam trabalhando, nada muda.
O presidente da FIERGS lembra ainda que a proposta equaciona a ameaça de insuficiência de recursos para pagar os aposentados no futuro, possibilita o equilíbrio das contas da Previdência no longo prazo e evita o desvio de R$268 bilhões (déficit previdenciário em 2017), retirados em uma base anual das áreas de Segurança, Saúde e Educação, para cobrir o rombo do sistema. “Os eleitos em outubro de 2018 terão que enfrentar essa questão. O novo governo, independentemente de partido, terá que encaminhar uma solução para o problema”.
Além disso, afirma Gilberto Porcello Petry, a Reforma da Previdência contribui para o equilíbrio da economia, ao colocar os juros em menor patamar pois reduz a necessidade de captação de recursos pelo Tesouro Nacional, abrindo espaço também para a diminuição da carga tributária.