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FIERGS reúne deputados federais para pedir o fim da CPMF

Encontro acontece nesta segunda-feira (17) na sede da entidade

Mantendo a estratégia conjunta com a Confederação Nacional da Indústria (CNI), que vem atuando diretamente no Congresso Nacional, o presidente da FIERGS, Paulo Tigre, reunirá os deputados gaúchos da Bancada Federal nesta segunda-feira, dia 17, ao meio dia, na sede da entidade, para pedir o fim da CPMF. "Esta alíquota é uma das maneiras mais perniciosas de arrecadação de recursos, distorcendo desde a formação de poupança, importante para viabilizar investimentos, até as transações financeiras, passando pelo consumo das famílias", argumenta Tigre.

Por isso, na estratégia que a FIERGS vem fazendo para derrubar a CPMF, está incluído um argumento de grande impacto: o valor atual de 0,38% da contribuição dita "Provisória" representa metade do percentual de rendimento mensal da Caderneta de Poupança. Isto quer dizer que o Governo Federal atribui um ganho a esse tipo de investimento popular e na hora do saque pode retirar mais de 50% do rendimento que o depositante achava que levaria para o seu bolso. O industrial apresentará esta conta perversa aos parlamentares, que prejudica ainda mais a sociedade, para impedir a prorrogação do tributo.

Em relação à formação da Caderneta de Poupança, ela tem um rendimento médio de 0,6% ao mês. Se o poupador aplica o recurso e retira no prazo de um mês, a alíquota de 0,38% da CPMF irá reduzir esse ganho a 0,22%. Outro mito apresentado sobre a Contribuição Provisória é a sua função de fiscalização. Porém, para a Federação das Indústrias do Rio Grande do Sul, a inspeção poderia se dar apenas por um ajuste contábil, isto é, uma CPMF "virtual", que explicitaria o movimento da conta, sem que isso representasse ônus para os cidadãos. "Por fim, em um país onde o crédito ainda é muito pequeno em relação ao PIB, a CPMF é um fator encarecedor e inibidor da expansão do consumo. E como sabemos, o crédito, em qualquer lugar do mundo e da história, sempre foi motor do crescimento", afirma Paulo Tigre.

Publicado segunda-feira, 17 de Setembro de 2007 - 0h00