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Liderança sustentável é principal elemento para o sucesso da responsabilidade social

A prática efetiva da sustentabilidade empresarial tem como característica a participação de um líder. Esse é o principal elemento de sucesso da responsabilidade social no setor produtivo, conforme o jornalista Ricardo Voltolini, autor do livro "Conversas com Líderes Sustentáveis" e consultor do terceiro setor. "Nos negócios, o desafio é formar líderes capazes de contestar modelos e criar possibilidades de uma nova economia, com resultados justos e economicamente viáveis, gerando valor e bem-estar para toda a sociedade", argumentou, durante sua palestra no Congresso Internacional de Responsabilidade Social Empresarial, que está sendo realizado no Teatro do Sesi em Porto Alegre. Com o tema A Responsabilidade Social Empresarial Como Diferencial Competitivo de Mercado, o evento é promovido pelo Sistema FIERGS, por meio do Sesi-RS e Centro Internacional de Negócios (CIN-RS) no âmbito do Programa Al-Invest IV, em parceira com a Fundação Gaúcha dos Bancos Sociais.

"Os verdadeiros líderes acreditam e adotam valores de sustentabilidade, tais como ética, transparência, diversidade, credibilidade, senso de justiça, respeito ao outro e cuidado com o meio ambiente", afirmou Voltolini.

Para o presidente do Conselho Temático de Responsabilidade Social da CNI, Jorge Parente, a educação é o principal caminho para estimular atitudes de sustentabilidade. "Por meio do Sesi trabalhamos valores de responsabilidade social e empresarial nas escolas. Acreditamos na formação dos jovens para a disseminação de uma cultura ética. Eles serão os futuros líderes", salientou. A gerente de produtos e serviços para empresas da BM&Bovespa, Adriana Sanches, apresentou as ações de sustentabilidade da terceira maior Bolsa do mundo e a primeira da América Latina. Conforme Sanches, entre as iniciativas da Bovespa na área, está a criação de indicadores de sustentabilidade empresarial e de carbono. Durante a abertura oficial do evento, o presidente da FIERGS, Heitor José Müller, destacou a importância da união entre América Latina e a União Europeia no mesmo intercâmbio de ideias e de objetivos. "Essa união significa que o debate da responsabilidade social está presente na maioria das ações do mundo globalizado", afirmou. "Na visão dos industriais, a responsabilidade social contempla a evolução da qualidade de vida do trabalhador no seu ambiente laboral, na sua comunidade", complementou. Müller citou ações do Sistema FIERGS nesse sentido, como o projeto de Prevenção ao Uso de Drogas no Trabalho e na Família, em parceria com o Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crime, e a fundação, no ano 2000, do Banco de Alimentos, que evoluiu para a Fundação Gaúcha dos Bancos Sociais, hoje, composta por 16 bancos.

A Responsabilidade Social Empresarial (RSE) precisa estar inserida na estratégia global de competitividade das companhias e não apenas como ações isoladas e individuais. A necessidade de sua democratização foi a ideia central transmitida pelo vice-presidente da Forum Empresa, Felipe Lira, na palestra de abertura do Congresso Internacional de Responsabilidade Social Empresarial. "A RSE deve ser encarada como geradora de riqueza, tanto para o meio corporativo quanto para a sociedade", avalia. Lira atenta para a necessidade de as grandes empresas compartilharem o conhecimento e as ferramentas de implantação de responsabilidade social junto às pequenas e médias companhias, que, na América Latina, compõe mais de 60% da economia.

O diretor de Comunicação e Relações Institucionais da Foretica, Tomas Sercovich, afirmou que micro, pequenas e médias empresas que adotam práticas de Responsabilidade Social, tendem a ter uma gestão mais consciente. "Em consequência, obtêm uma melhora no ambiente de trabalho, mais comprometimento de seus funcionários e relações mais consistentes com seus fornecedores e clientes", salientou. Para Sercovich, as mudanças que acontecem na sociedade são um reflexo

Publicado segunda-feira, 15 de Outubro de 2012 - 0h00