Para diversas micro e pequenas empresas o mercado interno parece o melhor negócio. Os efeitos da crise econômica mundial no Rio Grande do Sul reforçam este conceito. Mas, aparentemente, na contramão dos fatos são os investimentos nas exportações que mais proporcionam o crescimento generalizado das corporações. A idéia foi defendida hoje, na sede do Sistema FIERGS, pelo presidente do Instituto de Comércio Exterior e professor na Fundação Getúlio Vargas, Nelson Ludovico.
No Seminário de Exportação para Pequenas e Médias Empresas, Ludovico palestrou para mais de 70 industriais e provocou: "difícil é sempre aquilo que eu não sei. No momento em que eu aprendo se torna fácil". Por conta disso, ele destaca que não se conforma com os números e com a quantidade de empresas que deixam de buscar o mercado internacional. "E o problema não é cambial, é cultural. Nossos colonizadores não nos prepararam para sermos mercantilistas e hoje somos tímidos para vender", complementou.
A atividade foi promovida pelo Centro Internacional de Negócios da Federação das Indústrias do Rio Grande do Sul (FIERGS), que tem a missão de criar oportunidades e facilitar a inserção das empresas gaúchas no comércio exterior. "O nosso parque industrial é forte e diversificado. Temos os setores metal-mecânico, móveis, implementos agrícolas e automotivos, couro e calçados, alimentos, semijóias, informática e outros não menos importantes", lembrou o vice-coordenador do Conselho de Relações Internacionais e Comércio Exterior da entidade (Concex), Frederico Dürr, na abertura do evento.
De acordo com Dürr, o Rio Grande do Sul ocupa a terceira posição no ranking nacional das vendas externas, o equivalente a US$ 15 bilhões provenientes de operações de cerca de 2 mil indústrias de pequeno, médio e grande porte. Os principais destinos dos nossos produtos são a Alemanha, Argentina, Bélgica, Chile, China, Estados Unidos, Reino Unido e Rússia.
